O porquê de dois monitores? Falta de espaço?
Despois da publicação de uma foto no facebook onde me encontrava a trabalhar com dois monitores em simultâneo, fui questionado sobre o porquê dessa situação.
Respondendo de forma direta, devo dizer que não utilizo dois ou três monitores em simultâneo por mero capricho.
Um dos monitores que utilizo, para quase tudo, é o próprio ecrã do computador (portátil). No entanto, quando se trata de edição de fotografia, este monitor (portátil) só serve para desenrascar e raramente o utilizo. Para edição de fotos, utilizo o Asus PA279q ProArt devido à elevada fiabilidade de cores.
E, porque utilizar dois monitores para assuntos distintos?
Isto deve-se ao espaço de cor… Todos nós precisamos de espaço e as cores também!
Cada câmara fotográfica tem a sua própria forma de “ver” as cores, tal como cada tipo de monitor tem a sua forma de apresentar as cores. Também as impressoras têm o seu próprio intervalo de cores imprimíveis, que variam de acordo com diversas variáveis. Este intervalo de cores é designado por espaço de cores. Assim, um espaço de cores descreve todas as cores que podem ser processadas por um dispositivo de imagem.
Julgo que o espaço de cores mais utilizado pelas camaras fotográficas atualmente é o sRGB. Este descreve um espaço de cores médio que supostamente um monitor standard deveria apresentar. No entanto, existem espaços de cores maiores tais como ProPhoto RGB, Adobe RGB 1998, Wide Gamut RGB.
Pessoalmente, como fotografo em RAW supostamente não há espaço de cor definido. Nas minhas fotos estão todas as cores, que o sensor da minha máquina consegue captar, independentemente da DLSR estar configurada para sRGB ou adobe RGB. Depois, quando exporto para o formato final, dependendo da finalidade das fotos, escolho qual o espaço de cor que quero trabalhar.
Assim, a decisão do espaço de cor a utilizar, depende do destino a ser dado ao trabalho final.
A título de curiosidade, poucos manuais de máquinas mencionam as verdadeiras diferenças entre os espaços de cores. No entanto, este assunto tem “pano para mangas” por isso, fica para uma próxima…
Visto as minhas fotos terem um vasto espaço de cores captados pela DLSR, se utilizar o monitor do meu portátil, que por sinal até já é muito bom, consigo obter apenas 16.7 milhões de cores.
Mas, quando utilizo o Asus PA279q ProArt, que é um monitor que consegue uma reprodução de gama de cores de 99% Adobe RGB, 100% sRGB e 120% NTSC, além de outras características exclusivas, consigo obter cerca de 1073,7 milhões de cores.
Em suma:
Monitor do portátil: 16.7 milhões de cores
Monitor Asus PA279q ProArt: 1073.7 milhões de cores
Esta é só uma das características e, talvez das mais importantes, que me faz utilizar um monitor distinto, do disponível pelo portátil.
A nível amador, talvez seja mais cor menos cor, mas a nível profissional os espaços de cor são muito relevantes.
Resta salientar que o monitor deve estar bem calibrado para haver fiabilidade de cor, senão de nada valerá ter um monitor de topo. Para isso existem diversos calibradores de monitor à venda no mercado…
Um bom monitor calibrado e uma boa edição são a cereja no topo do bolo.
Boas fotos…
Uma das maiores feiras agrícolas do país, com mais de 1000 expositores, pode ser visitada no Parque de Feiras e Exposições da cidade de Beja.
Este ano, o tema central é a “Terra Fértil” e, ao longo de cinco dias, estão a ser apresentados inúmeros projetos, produtos e serviços inovadores no ramo agrícola.
Uma das maiores atrações desta feira são os inúmeros exemplares de gado que se podem encontrar no pavilhão da pecuária.
Também os espaços gastronómicos com representantes das várias regiões do País, os colóquios e o variado cartaz musical de onde fazem parte Gabriel o Pensador, Aurora, Buraka Som Sistema e outros artistas, fazem deste local, atualmente, a grande atração do Alentejo.
Igualmente na exposição interativa “Terra Fértil”, localizada no Pavilhão Sabor Alentejo, encontramos diversos produtos inovadores, com destaque para as hortas reais geridas via Internet, a produção de uvas sem grainhas, a utilização da papoila para a indústria farmacêutica e sabonetes de mel.
No Campo da Feira, podemos encontar um campo agrícola para demonstrações de culturas, equipamentos e tecnologias usados na agricultura, onde se destacam os tratores com GPS e “drones” (veículos aéreos não tripulados).
Estas são algumas das ofertas que esta feira tem para todos os que a visitam.
Para saber mais informações consulte a página http://www.ovibeja.pt/.
Alguns amigos têm-me confidenciado que, por vezes, têm alguns dissabores com a maneira como arquivam as suas fotos e vídeos. Nem sempre a maneira como arquivamos os nossos ficheiros é o mais seguro e, quando menos esperamos e mais precisamos deles, eles simplesmente sumiram.
Hoje vou partilhar a maneira como eu prefiro guardar todos os meus ficheiros. A maneira como os guardo não é a mais inovadora, no entanto, para mim é a mais eficaz e a que mais satisfaz as minhas necessidades.
Sempre que saio para fotografar nunca chego a casa como menos de 10 gigas de dados. Em primeiro porque fotografo em RAW e depois porque variadas vezes faço HDRs que necessitam de 5 ou mesmo 7 fotos seguidas no mesmo local.
Claro está que, aquando da edição, há sempre uma seleção e muitas das fotos são eliminadas embora, nunca elimine mais de 25% dos dados registados. Gostava também de referir que todos os registos que faço, gosto de os guardar, pois já me aconteceu ter feito um registado e, passado poucos anos, ter valido todos os discos ou equipamentos que comprei até hoje.
Assim, se registar 5 gigas por dia, ao fim de um mês tenho uma média de 150 gigas de dados.
Vamos então a uma breve análise…
Sistema Cloud
Embora ache este método o mais seguro, para mim, o sistema de nuvem não satisfaz pois nem sempre estou em lugares com internet rápida e gosto de ter os dados sempre à mão sem ter de os descarregar. Alerto para facto de muitas empresas venderem serviços de nuvem com vários pacotes que não possuem possibilidade de colocarmos online dados de discos externos, apenas permitem os que estão na nossa máquina (pc).
Ao analisarmos os preços destes serviços, encontramos preços de 150€/ano para um espaço de 2 TB e aproximadamente 250€/ano para 4 TB . Numa breve pesquisa que realizei parece-me que o google drive é o serviço com melhor relação preço/espaço disponível atualmente no entanto, conheço empresas portuguesas que fazem os mesmos preços e até com melhores condições…
No entanto, este sistema parece-me bastante eficaz para partilhar fotos, vídeos ou mesmo documentos com clientes e amigos. Atualmente tenho instalado no meu alojamento a aplicação ownCloud que utilizo diversos fins, entre os quais entregar trabalhos a clientes .
Sistema de disco externos
Este é o sistema que utilizo embora, não utilize só discos externos mas sim também internos.
Para começar esta breve explicação de como armazeno os dados, gostava de referir que guardo os dados em dois locais distintos quer nos discos, quer no local. Ou seja possuo sempre duas cópias de segurança de todos os dados, cada cópia em locais distintos. Conheço fotógrafos estrangeiros que chegam mesmo a ter os registos em quatro espaços distintos. Quando chegar ao nível deles penso nisso…
Assim, utilizo discos internos de 3.5” de 3TB ou 4TB para fazer cópias anuais de todos os dados e discos externos de 2.5” de 1TB ou 2 TB para fazer cópias diárias ou semanais.
A escolha dos discos interno de 3.5” deve-se a algumas crenças pessoais. Em primeiro lugar o tamanho 3.5” deve-se ao facto dos discos hoje em dia rolarem a uma velocidade de 7200 rpm, por isso quanto maiores, mais estáveis e ventilados melhor. Também julgo que consigo recuperar mais facilmente um disco interno que caia ou chão do que um externo. Além de que, em qualquer altura posso colocá-los numa caixa externa e trabalhar com eles na tecnologia RAID ou numa caixa que suporte vários discos internos, sistema JBOD (imagem 1) sem me ocupar todas as portas USB disponíveis no PC. Posso ainda colocá-los num servidor de rede NAS (imagem 2) e fazer uma nuvem pessoal.
Vejo inúmeras vantagens na utilização de discos internos para quem não precisa de portabilidade.
Os meus discos, estão guardados todo o ano numa caixa própria (imagem 3) e só os utilizo para fazer um ou dois backups anuais. Gostava também de referir que os discos que utilizo são os Hitachi pois, segundo um estudo realizado durante 3 anos pela Backblaze, estes demonstraram ser os mais fiáveis.
Para andar comigo no dia a dia, utilizo discos de 2.5” devido à fácil portabilidade. Nestes discos não ligo muito à marca no entanto, atualmente utilizo Iomega, WD e Toshiba. A atenção especial nestes discos vai para a maneira como os manuseio e guardo.
Se leram tudo o que escrevi repararam que durante o ano as fotos estão guardadas só no disco externo de 2.5”, uma vez que só uma ou duas vezes por ano faço o bauckup para o disco de 3.5”. Não é bem assim… Ao longo do ano as fotos vão ficando no meu PC e no disco externo de 2.5”. Só depois de as passar para o disco de 3.5” é que as apago do meu PC.
Existem muitos outras alternativas no entanto, estas duas são as que mais utilizo no meu dia a dia.
Óbidos, a vila histórica medieval portuguesa, do distrito de Leiria, apresenta mais um ano, nas suas grandiosas muralhas, o Festival Internacional do Chocolate.
Alusivo ao jardim zoológico, podemos observar o design de diversos animais feitos minuciosamente com chocolate.
A animação, ao longo das ruas, contagiava tudo, e todos. A fruta mergulhada em chocolate e a famosa ginjinha serão, sem dúvida, duas tarefas a repetir no próximo ano.
Partilho algumas fotos captadas por lá…
Neste carnaval fomos visitar a linda freguesia de Lazarim. No entanto, não passámos por lá só o dia de carnaval, fomos uns dias antes e aproveitamos para petiscar algumas das iguarias da região e visitar os artesãos.
Segundo fomos informados, atualmente são apenas três os artesãos em atividade em Lazarim. O artesão ao qual batemos à porta foi o Senhor Adão Almeida que, com a sua enorme simpatia e amabilidade, nos explicou ao pormenor este seu ofício e nos deixou registar o seu trabalho a miúde. Este artesão trabalha o pau de amieiro há 37 anos e com a sua técnica apurada, transforma um tronco num careto, em semanas. Os seus caretos tendem a representar o tema “do diabo” e o seu preço varia entre os 200€ e os 500€.
Grande parte dos caretos construídos são vendidos na semana de carnaval, depois destes saírem à rua. No entanto, este artesão aceita encomendas ao longo do ano.
Se estiverem interessados, entrem em contacto com este artesão através da página online da casa do povo de Lazarim.
Partilho algumas fotos deste artesão em atividade.
Foi com muito gosto que aceitei o desafio do Sensei Nuno Santos ( Mestre de Ninjutsu, Representante Oficial e Delegado Técnico em Portugal) de fazer alguns registos desta Arte Marcial.
Com a necessidade de espiões (Ninja) durante o período medieval japonês, há mais de 900 anos, surgiu o Ninjutsu.
Esta arte marcial consistia num conjunto de técnicas que capacitavam os praticantes a agir em todas a situações num campo de batalha.
Assim, os treinos desta arte marcial são muito rigorosos e disciplinados. Os seus participantes são treinados para agir em qualquer situação, independentemente do local e dos meios disponíveis.
A aula a que eu assisti, decorreu num clima de concentração máxima, à luz de velas, e todos os movimentos e gestos técnicos foram executados com estrema segurança.
A segurança, o respeito e a entreajuda foram sempre uma constante e, no final, houve mesmo uma mini aula de língua Japonesa pelo nosso mestre Nuno Santos.
Estas aulas decorrem no CCRAM em Corroios com a periodicidade de duas vezes por semana.
Quem estiver interessado, já sabe onde pode aprender esta arte marcial.
Muitas vezes tenho dito que, a minha aldeia beirã – Magueija é portadora de uma beleza ímpar e que poucas terão beleza igual.
O seu ecossistema quase intacto e as variadas espécies da fauna e da flora, que lá se podem observar, fazem desta região, o cenário natural de excelência para os apaixonados pela natureza, desporto, fotografia, etc…
Para comprovar este potencial sem limites, de que a nossa freguesia é portadora, mais uma vez a revista “O Mundo da Fotografia Digital” publicou um instantâneo do nosso Rio Balsemão, na edição de Fevereiro de 2014.
A nossa terra merece esta divulgação e, quem sabe, um dia, não ocupa a posição de um dos melhores locais, do país, para visitar.
Vamos continuar a apostar em Magueija…
Já aqui coloquei fotos de diversos tipos de moinhos, no entanto ainda não tinha postado nenhuma dos moinhos de maré.
Moinho de maré é um tipo de moinho movido pelo movimento da água, causado pelo desnível das marés nos estuários de rios. Hoje em dia, devido à evolução tecnológica estes moinhos estão desativados.
Assim, numa das várias deslocações a Setúbal, não podia deixar de visitar o moinho de maré de Corroios. Este moinho foi construído em 1403 por ordem de D. Nuno Álvares Pereira. No início do século XX chegou a ser utilizado para o descasque de arroz, no entanto o objetivo principal deste moinho era o fabrico de farinha. Atualmente é propriedade da Câmara Municipal do Seixal e está aberto ao público como um dos núcleos museológicos que integram o Ecomuseu Municipal do Seixal.
Partilho algumas fotos deste moinho de maré.
A oficina do oleiro é considerada a mais antiga das indústrias, tendo a manufatura de objetos do barro e o surgimento de oficinas do oleiro ocorrido no período neolítico. Há peças de cerâmica encontradas no continente europeu que datam de 6.000 a.C.
Numa rápida visita a uma olaria, ficamos a conhecer melhor a antiga profissão de oleiro.
A olaria que visitámos localiza-se nas proximidades de Monsaraz e possui um anexo destinado a um pequeno museu. É um negócio de família que tem passado de geração em geração. Por dia, saem desta olaria mais de 800 peças de barro, sendo a grande maioria para exportação.
Pelo que fui informado não é uma profissão em crise, nem tem problemas em escoar os produtos, no entanto, hoje em dia os jovens não seguem este ofício.
Partilho algumas fotos desta olaria.